Dia da Imigração Japonesa: sete motos nipônicas que marcaram época
Na data que celebra a vinda dos japoneses para o Brasil, o MOTO.com.br faz uma lista de modelos icônicos de fabricantes do Japão que marcaram época por aqui
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
Foi no dia 18 de junho de 1908 que o navio Kasato Maru trouxe 781 lavradores japoneses para trabalhar nas fazendas do interior do estado de São Paulo. Posteriormente, a data foi definida oficialmente como o início da imigração japonesa no Brasil.
O país conta com a maior população japonesa fora do país de origem, o que mostra a importância dos japoneses no território brasileiro. No mundo das motos não poderia ser diferente, claro. Honda, Yamaha, Kawasaki e Suzuki são fabricantes que vieram ao Brasil para entrar no mercado das duas rodas e lançaram modelos que marcaram e marcam época em nossas ruas.
Para celebrar o Dia da Imigração Japonesa, o MOTO.com.br preparou uma lista com sete modelos que se destacaram no Brasil, fizeram história e foram objeto de desejo dos motociclistas brasileiros. Vamos a elas, pois.
Ah, o som e a fumaça brança que saíam do escapamento dos motores dois tempos, dirão os saudosistas. A Yamaha RD 350, que ganhou o apelido de 'Viúva Negra' em nosso país, também marcou época nas ruas do Brasil nos anos 1980.
Com o dois tempos de dois cilindros e 347 cm³ de cilindrada, a RD 350 chegou a alcançar bons 55 cv de potência, o que levava a esportiva aos 200 km/h de velocidade máxima. Leve, ágil e com estilo marcante, a RD 350 deixou muita gente órfã quando foi descontinuada no Brasil, o que aconteceu em 1993.
A lista não poderia ser feita sem que nela figurasse o sonho de consumo de muitos, mas muitos motociclistas. A Hornet era basicamente uma superesportiva média sem carenagem, com o motor de quatro cilindros em linha de 599,3 cm³ de cilindrada e 102 cv de potência máxima.
Com o ronco característico dos quatro cilindros e toda a força do propulsor, além de um estilo agressivo, a Hornet conquistou os motociclistas brasileiros até 2014, quando deixou de ser produzida. Encontrar uma Hornet usada em bom estado ainda mexe com o coração de muitos pilotos Brasil afora, certamente.
2018 se iniciou com uma notícia que balançou a comunidade das duas rodas: a Yamaha decidiu tirar de linha a XT 660R, lançada em 2005 para substituir a XT 600 e que contava com o monocilíndrico de exatos 659,7 cm³.
A XT 660R chegava aos 48 cv de potência, mas era o torque de 5,95 kgf.m que chamava a atenção dos fãs da motocicleta, considerada um 'trator de duas rodas'. O fim da moto em território nacional foi uma consequência do encerramento da produção dela no exterior no final de 2006 devido às normas cada vez mais exigentes quanto à emissão de gases poluentes.
A famosa sete-galo não poderia ficar de fora. A origem do apelido está nos Estados Unidos, onde a Honda CBX 750F era chamada de 'seven-fifty' (sete-cinquenta, traduzindo para o português). Na vinda para o Brasil, entretanto, ela foi 'tropicalizada' e o nome mudou para sete-galo - 50 é o número do Galo no popular jogo do bicho.
Não precisamos ir além para dizer que o nome pegou e a moto se tornou bastante conhecida no Brasil. O quatro cilindros em linha de 747 cm³ de cilindrada rendia 82 cv de potência e o ronco que saía do escapamento chamava a atenção por onde ela passava. Algumas mudanças estéticas e mecânicas foram feitas durante a vida do modelo, que saiu de linha em 1994.
Em 1990 tinha início uma nova era no Brasil com a liberação das importações de veículos e motos e a Kawasaki ZX-11 chegou com desempenho impressionante para a época: 140 cv de potência e velocidade máxima que superava os 280 km/h.
Com esses números, muito superiores aos das motos até então vendidas em nosso país, a ZX-11 se transformou em sonho de muitos motociclistas e pavimentou o prestígio que o nome Ninja tem no Brasil até hoje.
O nome Hayabusa surge frequentemente quando o assunto é velocidade. A Suzuki GSX 1300R Hayabusa foi durante um tempo a moto de produção mais veloz do mundo, tendo chegado aos 317 km/h em testes de velocidade, o que a colocou no Livro dos Recordes.
Lançada em 1999, a moto completa 20 anos e já se despediu da Europa em 2018, também devido às normas de emissão de poluentes atuais. A Hayabusa atual conta com um quatro cilindros de 1.340 cm³ de cilindrada e 200 cv - mais potência do que a primeira geração, mas com velocidade limitada eletronicamente a 299 km/h.
A linha Ténéré fez muito sucesso no Brasil desde a primeira, a XT 600 Ténéré, que chegou ao país em 1990. Para esta lista, no entanto, escolhemos a menor da família, a Ténéré 250.
Lançada em 2011, a Ténéré 250 contava com o monocilíndrico de 249 cm³, 21 cv e torque de 2,10 kgf.m. O modelo passou por uma atualização significativa em 2015, quando ganhou painel digital e lanterna em LED na traseira.
Com um tanque de 16 litros e consumo médio de 30 km/l, a autonomia era o forte da Ténéré 250, superando a marca dos 450 quilômetros a depender da pilotagem. Autonomia, robustez e versatilidade conquistaram o público, mas no final do ano passado, com a chegada da nova Lander 250 ABS, a fabricante tirou a Ténéré 250 de linha, para a tristeza de muitos.
Estas foram as motos escolhidas pelo MOTO.com.br para o Dia da Imigração Japonesa. Sentiu falta de algum modelo na lista?
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