Dez motos para quem trabalha sobre duas rodas

No 1º de maio, selecionamos modelos geralmente escolhidos e com características para serem utilizados como ferramenta de trabalho de motociclistas no dia a dia

Por Gabriel Carvalho

Celebrado em diversos países em 1º de maio, o Dia do Trabalhador relembra a luta dos trabalhadores de Chicago em 1886, quando milhares de pessoas organizaram uma grande paralisação pedindo melhorias nas condições de trabalho.

Uma das reivindicações era a de redução da jornada de trabalho, que chegava a 17 horas diárias em alguns casos, para oito horas. Como conseqüências dos protestos, pessoas foram presas, feridas e mortas.

As manifestações, no entanto, tiveram efeito e a data ficou marcada como o Dia do Trabalhador para lembrar a luta dos operários de Chicago. No Brasil, o dia 1º de maio foi oficializado como o Dia do Trabalhador em 1925 e é feriado nacional desde então.

Um dos trabalhos mais difundidos sobre duas rodas em todo o país é o de motoboy/entregador/motofrete. Muitas empresas apostam na agilidade e facilidade de locomoção de uma moto para entregar os serviços oferecidos da forma mais rápida possível – sempre, é importante lembrar, respeitando as normas de trânsito.

As motos também são utilizadas por agentes de trânsito e policiais, além de seguranças particulares – em condomínios fechados e shopping centers é comum ver funcionários fazendo as rondas nos locais utilizando motos.

Com isso em mente, o MOTO.com.br separou dez modelos com perfil para tais trabalhos e que permitem ao motociclista unir o prazer de pilotar ao ganha-pão de cada dia.

Confira:

Honda CG 160 Cargo

A Honda CG 160 – agora única representante da linha, já que os modelos 125 deixaram de ser produzidos – é utilizada por motociclistas para trabalho em todas as versões, mas destacamos aquela que foi criada especificamente para esse uso.

O coração é o mesmo das demais motos da família CG, o monocilíndrico de 162,7 cm³ bicombustível, que rende 15,1 cv a 8 mil giros e tem 1,54 kgf.m de torque a 6 mil giros com etanol – com gasolina, são 14,9 cv a 8 mil giros e 1,40 kgf.m a 6 mil giros.

Os diferenciais são a suspensão dianteira reforçada e bagageiro com capacidade de até 20 quilos, além da facilidade para a instalação de baús. O modelo está disponível na cor branca e o preço sugerido parte de R$ 9.727 (sem frete).

Haojue DK 150 CBS

A chinesa Haojue, que veio para o Brasil em 2017, tem na DK 150 CBS o modelo com perfil semelhante ao das concorrentes no segmento street de baixa cilindrada – o mais utilizado Brasil afora para os serviços de motoboy.

O modelo conta com um monocilíndrico de 149 cm³ carburado, que alcança 11,27 cv a 8 mil giros e 1,16 kgf.m de torque a 6 mil giros – menos potência e torque quando comparado ao propulsor da CG 160.

O painel é totalmente digital e conta com indicador de marcha, o que pode ser um diferencial importante para alguns pilotos. Mas é no preço, entretanto, que a DK 150 CBR ganha mais atenção: o valor sugerido para o modelo é de R$ 7.587 (sem frete).

Yamaha Factor 125i UBS

Modelo de entrada na linha street da Yamaha, a Factor 125i UBS é equipada com itens como freio a disco na roda dianteira, pneus sem câmara e painel digital com indicador de marchas e função que indica se o piloto conduz a motocicleta de forma a economizar combustível.

O motor bicombustível de 125 cm³ alcança 11,1 cv de potência máxima a 7.500 giros e torque de 1,16 kgf.m no etanol, praticamente os mesmos números quando abastecida com gasolina - 11cv de potência e 1,15 kgf.m de torque, nas mesmas faixas de rotações por minuto. O preço sugerido para a Factor 125i UBS é de R$ 8.590 (sem frete, estabelecido em R$ 587 no site oficial da fabricante). 

Haojue Lindy 125

Único scooter a entrar na lista, o Lindy 125 figura aqui por um trunfo importante quando o assunto é trabalho: o modelo vem com um bauleto como item de série. Além dos 11 litros sob o assento, o bauleto acrescenta 26 litros à capacidade de carga do Lindy 125.

O scooter é impulsionado por um monocilíndrico carburado de 124 cm³, com 8,4 cv de potência a 7.000 rpm e torque de 0,92 kgf.m a 6.000 rpm.

Com preço sugerido de R$ 7.487 (sem frete), o Lindy 125 pode ser a opção para quem precisa trabalhar e já quer retirar da loja um modelo pronto para o serviço.

Honda Biz 110i

Um clássico que se mantém na ativa: assim pode ser definida a Honda Biz 110i. A cub, lançada no Brasil em 1998, ainda tem público cativo no país. Uma variação da Honda Super Cub, a Biz é popular entre motociclistas que utilizam as duas rodas como meio de trabalho.

A versão de entrada, a 110i, conta ainda com freios a tambor nas duas rodas e motor de 109,1 cm³, com potência máxima de 8,33 cv a 7.250 rpm e torque máximo de 0,89 kgf.m a 5.500 giros, além do câmbio semi-automático de quatro marchas.

A Honda Biz 110i conta também com um porta-objetos de 16 litros sob o assento e tem preço sugerido de R$ 7.828 (sem frete).

Honda XRE 190

A caçula da família XRE é o modelo mais caro desta lista, com preço sugerido de R$ 15.193 (sem frete). Por outro lado, a Honda XRE 190 é a moto mais potente da lista. O propulsor de 184,4 cm³ bicombustível tem potência máxima de 16,4 cv a 8.500 rpm e torque máximo de 1,66 kgf.m a 6.000 rpm no etanol - praticamente os mesmos valores quando é gasolina que impulsiona a moto.

Com visual mais encorpado e suspensões de longo curso, a XRE 190 tem também um QR code na carenagem que permite ao dono da motocicleta acessar o manual do proprietário ao fazer o download de um aplicativo.

Yamaha Crosser 150

A trail de entrada da fabricante ganhou uma importante atualização para o modelo 2019: o sistema de freios. Além da inclusão do disco na roda traseira, a Yamaha incluiu o sistema ABS na roda dianteira, tornando a Crosser a primeira moto da categoria até 160 cc a contar com o sistema que impede o travamento da roda nas frenagens.

A receita com o monocilíndrico de 149,3 cm³ flex gera 12,4 cv a 7.500 rpm de de potência máxima e torque máximo de 1,3 kgf.m no etanol - na gasolina, o torque é o mesmo e a potência fica em 12,2 cv nas mesmas rpm. Com preço sugerido de R$ 12.390 (sem frete), a Crosser 150 é a moto mais barata da lista a contar com freios ABS

Yamaha Fazer 150

Como havíamos colocado a Factor 125i UBS, decidimos escolher a Fazer 150 para integrar a lista. O design com linhas mais agressivas e o guidão mais baixo, além das pedaleiras levemente recuadas, dão um toque de esportividade ao modelo quando comparado com a Factor 150 UBS.

O motor é o mesmo da Crosser 150, colocado em uma receita totalmente voltada para o uso urbano, em vez do aspecto dual da trail de entrada da marca. O preço sugerido é de R$ 10.690 (sem frete), colocando-a como a moto street mais cara entre as que figuram nesta lista.

Honda Pop 110i

Outro modelo que chama a atenção especialmente pelo custo benefício é a Honda Pop 110i. Se não dá para criar expectativa em relação ao desempenho do monocilíndrico de 109,1 cm³, com 7,9 cv de potência a 7.250 rpm e torque de 0,9 kgf.m a 5.000 rpm, é na economia de combustível e no preço que o modelo se destaca.

Com apenas 87 quilos no peso seco, a Pop 110i alcançou consumo médio de 55 km/l no teste feito pelo MOTO.com.br no início de 2018. Com preço sugerido de R$ 5.790, o modelo é o mais barato desta lista e pode ser a porta de entrada do motociclista que deseja trabalhar sobre duas rodas.

Honda NXR BROS 160 ESDD

Se considerarmos apenas uma versão, a Honda NXR 160 Bros ESDD é o modelo mais vendido do Brasil, segundo a Abraciclo - a Fenabrave unifica os números de emplacamento de todas as versões da Honda CG 160 em um mesmo campo.

Equipada com monocilíndrico de 162,7 cm³ bicombustível de 14,7 cv de potência a 7.500 giros e torque de 1,60 kgf.m de torque a 5.500 rpm com etanol – enquanto com gasolina são 14,5 cv a 7.500 giros e 1,46 kgf.m a 5.500 giros - a Honda NXR 160 Bros se destacava pelo equilíbrio dos freios a disco com o sistema de frenagem combinada.

Entretanto, a concorrente Yamaha Crosser 150 ganhou freios ABS e é mais barata, apesar de menos potente. Com preço sugerido de R$ 13.458 (sem frete), a Bros ainda deve permanecer como a mais vendida por um tempo, mas não tem mais vida tranquila no segmento.

Bom para o consumidor, que ganha com a diversidade de modelos para trabalhar com segurança. 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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