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Confraternização sobre duas rodas

11 de April de 2008

Aldo Tizzani

O que leva um motociclista a participar de um encontro? Rever velhos amigos de estrada, fazer novas amizades, conferir de perto os últimos lançamentos entre motos, peças e acessórios ou o simples prazer de viagem por centenas de quilômetros. É essa reunião de fatores que faz do Megacycle um dos maiores encontros motociclísticos do Brasil.

A 21ª edição da festa de duas rodas aconteceu na hospitaleira cidade mineira de São Lourenço, entre os dias 3 e 6 de abril. Apesar do tempo nublado, 15 mil motocicletas, na sua grande maioria modelos de média e alta cilindradas, e 40 mil pessoas prestigiaram o “Mega”.

Pilotando uma BMW K 1200 R, Antonio Carlos de Oliveira rodou 870 km em 12 horas de viagem entre Três Lagoas (MS) e São Lourenço. Acompanhado por mais três amigos, Totó, como é mais conhecido, gosta muito de participar de encontros motociclísticos. “Estar aqui é uma forma de terapia. Reencontro amigos e vejo as novidades do setor”, conta o mototurista, satisfeito também com a infra-estrutura oferecida pelo Megacycle.

Para o funcionário público Frank James, de Brasília (DF), o clima de confraternização é o ponto alto do evento. “Encontramos pessoas de todas as partes do Brasil. Além disso, moto e rock fazem uma união perfeita”. James, dono de uma Yamaha XT 660R, destaca também os atrativos turísticos da cidade.

Participação ilustre mesmo foi a do Capitão Senra, de 77 anos, que a 54 pilota motos.  Apaixonado pela Harley-Davidson, este senhor de espírito jovem e alma estradeira diz que não “há nada melhor do que pegar a estrada e rever velhos amigos”.

Oficial reformado e ex-batedor da Polícia do Exército na época do presidente Juscelino Kubitschek, Capitão Senra organizou um dos primeiros encontros de motos do Brasil. Foi em 1980, em Três Corações (MG). Detalhe: esta “figura-carimbada” do meio motociclístico é presidente do Moto Clube Águias de Aço, de Belo Horizonte (MG).

Muitas atrações

Exposição de motos, peças e acessórios, shows musicais, provas de motocross, shows de free style com Jorge Negretti e wheeling com a equipe Força e Ação. Essas foram algumas das atrações da 21ª edição do Megacycle. Quando o motociclista entrava no Parque Municipal Ilha Antonio Dutra, uma série de possibilidades se abria a sua frente.

No estande da Pirelli, por exemplo, era possível trocar e calibrar os pneus, além de alinhar e balancear. Na Mobil, a troca de óleo estava garantida. A Castrol, por sua vez, apresentou a nova geração de óleos com exclusiva tecnologia trizone. Já as lojas Nacar e Red Fox vendiam os últimos lançamentos em termos de equipamentos para motociclistas: capacetes, luvas, botas, jaquetas e macacões.

Já no estande da Yamaha, destaque para os modelos do Conceito X, entre eles, a recém-lançada XTZ 250X. O público pode ver de perto uma MT-03 personalizada com um kit de acessórios, além de uma Drag Star 650 customizada pela Manri Motos. Na Honda, a nova CB 600F Hornet chamou muito a atenção dos motociclistas. A Suzuki expôs a B-King, a nova naked da marca, que tem absurdos 184 cavalos.

Além de sua mega-carreta, o Grupo Izzo levou para Minas três de suas marcas: Husqvarna, Ducati e Harley-Davidson. Os destaques ficaram por conta da nova HD Dyna Super Glide e para a réplica da Ducati 999R Xerox, modelo usado no Mundial de Superbike. Já a marca FYM, de origem chinesa, exibiu no Megacycle toda sua linha de motos, entre elas uma custom de 250cc e a street FY 125-20 Sachs, de design arrojado e tecnologia alemã.

Fotos: Arthur Caldeira.

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