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COLETIVA ABRACICLO

06 de April de 2006

Os números novamente comprovaram que 2006 segue na trilha ascendente para se consagrar como o grande ano do mercado das motos. Nesta quarta-feira, a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) realizou uma coletiva de imprensa para revelar o balanço do primeiro trimestre referente às vendas e produção dos equipamentos de duas rodas e, também, para falar sobre o empenho que tem reservado às ações de melhorias do segmento, como segurança e meio-ambiente.

Nos dados apurados nos três primeiros meses, observou-se que o setor produziu 342,5 mil motocicletas, contra 280.693 unidades no mesmo período de 2005, o que representou aumento de 22% do volume de produção. Se comparado somente com os meses de março e fevereiro deste ano, o aumento foi ainda maior, chegando a 23,3%.

Em março, foram produzidos 132,66 mil equipamentos, contra pouco mais de 107 mil unidades do mês anterior. No mercado interno, o primeiro trimestre registrou a comercialização 304.204 motocicletas, contra 228.207 do mesmo período de 2005. Isso representou um aumento de 33,3% das vendas do trimestre entre os dois anos.

Só no último mês, foram vendidas 115.568 motocicletas. Se comparado com as vendas do mês de fevereiro de 2006, em que foram comercializadas 101.564 unidades, o incremento foi de 13,8%. “Além de confirmar as previsões de crescimento setorial feita para esse ano, os resultados positivos retratam a absorção da cultura da motocicleta como meio de transporte eficiente nos grandes centros urbanos e inclusive em outras regiões, independentemente da finalidade de utilização adotada por seus condutores”, disse Paulo Shuiti Takeuchi, Presidente da Abraciclo, que esteve presente à coletiva feita em um hotel da zona sul da cidade de São Paulo.

As exportações, como a Abraciclo havia previsto, caíram em março, quando comparadas à quantidade de motos exportadas em fevereiro. Foram 16.760 motocicletas destinadas ao mercado externo, número 4,9% inferior ao último mês, que contabilizou 17.589 unidades.

O volume de exportações do primeiro trimestre, no entanto, foi superior a idêntico período de 2005. De janeiro a março de 2006, 47.737 motocas foram exportadas, contra 42.944 unidades vendidas ao mercado externo no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, de acordo com as perspectivas da Abraciclo, as exportações devem registrar queda de 6% neste ano.

Na projeção para o mercado interno, a Associação dos Fabricantes prevê aumento de 13% em relação a 2005 — seria, portanto, 1.160.000 motos contra 1.024.987 do ano anterior. “São dados bastante motivadores para o setor, que já está no Brasil há 30 anos”, destacou o presidente da Abraciclo. “Estes resultados vêem num momento importante para nós, que também iremos completar 30 anos de fundação”, acrescentou Takeuchi.

Missão para o mercado das duas rodas

Outro assunto bastante debatido na coletiva de ontem foi referente aos trabalhos para melhorar o segmento motociclístico no Brasil. Foi a intitulada Missão da Abraciclo, que ressaltou o empenho em desenvolver, por exemplo, estudos e projetos de segurança para os motociclistas.

“Criamos um grupo de trabalho para estudos de acidentes e pretendemos firmar, em breve, um convênio com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para aumentar a segurança no trânsito. Contratamos inclusive um especialista em trânsito para essa empreitada”, afirmou Takeuchi.

O meio-ambiente foi outra área que recebeu a atenção da Abraciclo. “Temos de atuar em parceria com o meio-ambiente, respeitando as normas de ruído e de emissão de poluentes, por exemplo”. Para agir neste contexto, as montadoras Honda e Yamaha — as únicas no Brasil a possuir laboratório de testes — fizeram uma parceria com a Abraciclo para disponibilizar os espaços a demais fabricantes de motos.

“Temos a nossa programação de trabalhos, que será mantida, mas ainda assim haverá espaço para dividir o laboratório com as outras fábricas”, disseram Marcos Fernanian e Aurélio Maranha, representantes de Honda e Yamaha, respectivamente, que também compareceram à coletiva.

A Honda, também pensando no projeto de Missão, propôs que cada concessionária crie um centro de treinamento para os motociclistas, com o objetivo de formar verdadeiros pilotos para o trânsito. “tem que haver educação, é a base para pensarmos em segurança”, falou Maranha.

Além de ações educativas e de fiscalização, a Abraciclo propõe uma ajuda no estudo de novas leis e na infra-estrutura viária — má conservação de vias e falta de sinalização são alguns dos pontos a serem analisados.

Confira o retrospecto de vendas do mundo motociclístico no Brasil, país que ocupa a quinta posição no ranking mundial de produção de motocicletas:

 ANO | PRODUÇÃO | M. INTERNO|EXPORTAÇÃO|TOTAL
1975     5.220     
1976     12.800     
1977     32.791     
1978     41.492     
1979     63.636     
1980     125.000     
1981     155.572     
1982     215.767     
1983     219.000     
1984     180.000     
1985     161.378     
1986     166.994     166.160      166.160
1987     181.500     175.613      175.613
1988     166.961     158.671      10.117      168.788
1989     167.431     153.617      12.327      165.944
1990     146.735     123.169      15.460      138.629
1991     116.321     109.168      13.191      122.359
1992     86.194       53.450       35.596       89.046
1993     83.458       67.997       15.805       83.802
1994     141.140     127.395      14.334      141.729
1995     217.327     200.592      12.930      213.522
1996     288.073     275.668      14.913      290.581
1997     426.547     407.430      16.415      423.845
1998     475.725     460.122      20.374      480.496
1999     473.802     441.536      32.607      474.143
2000     634.984     574.149      60.260      634.409
2001     753.159     692.096      60.190      752.286
2002     861.469     792.424      68.050      860.474
2003     954.620     848.377      100.440    948.817
2004     1.057.333  911.717      157.400     1.069.117
2005     1.214.568  1.024.987   184.592     1.208.795
2006*   1.335.000  1.160.000   175.000     1.335.000

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