Cesvi dá dicas para reduzir danos em acidentes

Centro de Experimentação e Segurança Viária apresenta boletim técnico com orientações importantes para a segurança do motociclista

Por Aladim Lopes Gonçalves

Acidentes envolvendo motociclistas são constantes nas grandes capitais, principalmente em São Paulo. E pior: grande parte deles é fatal, já que a própria estrutura da moto deixa seu condutor extremamente vulnerável. Qualquer choque pode custar uma vida.

Mas o motociclista pode minimizar esse risco. A primeira atitude, claro, é ter um comportamento seguro no trânsito. Por isso o Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) traz em seu boletim técnico dicas importantes para o condutor se proteger para reduzir os danos em caso de acidente – ou mesmo para ficar menos exposto aos riscos.

Afinal, essa vulnerabilidade do motociclista faz com que, à menor colisão, seu corpo seja arremessado a metros de distância, sofrendo impacto direto, sem atenuantes, contra o piso ou outros objetos – postes, árvores, outros veículos. 

Proteção para a cabeça, corpo, pés e mãos é essencial para a redução dos danos no caso de acidente com moto. É o que vamos ver a seguir. 

Cabeça
Cerca de 70% dos acidentes fatais com motocicletas decorrem de ferimentos na cabeça. Então, usar capacete é indispensável. E aí fica a dica: use apenas os que são aprovados pelo INMETRO e respeite sua data de validade. Também mantenha a viseira abaixada e limpa para uma visibilidade plena. Pois, ao andar com a viseira levantada, você pode correr o risco de sofrer danos na visão por pequenos objetos arremessados por pneus de carros e caminhões. E acerte no tamanho: certifique-se de que não haja nenhuma folga entre a cabeça e o casco, lembrando-se sempre de afivelar e ajustar muito bem o capacete, para que ele não seja arremessado em caso de queda. Uma queda sem capacete pode ser fatal. 

Corpo
Roupas adequadas ajudam a minimizar as lesões caso o motociclista seja atirado da moto. Use roupas que protejam seu corpo por completo, inclusive pernas e braços. Mas não é só isso. Elas ainda evitam que o motociclista fique exposto aos fatores climáticos (sol e chuva), além de protegê-lo de qualquer objeto que possa atingi-lo durante o percurso. Dê preferência por roupas aprovadas por órgãos certificadores brasileiros e internacionais. Outro fator importante é o uso de faixas refletivas, que ajudam muito para que o motociclista seja visto por todos, principalmente à noite. 

Pés
A falta de proteção adequada para os pés é responsável pelo alto índice de fraturas entre os motociclistas. Por isso, é importante usar botas de alta resistência, que não tenham salto alto. Um acidente muito comum é o pé do motociclista raspar nas guias, valetas ou calçadas em curvas que exigem a inclinação da moto. Além disso, numa colisão lateral com outro veículo, o seu pé fica totalmente desprotegido se estiver com um calçado de uso diário. 

Mãos
A primeira autodefesa do condutor ao cair da moto é usar as mãos para amortecer o impacto contra o piso. Isso faz com que as mãos sofram arranhões e queimaduras na queda, às vezes irreversíveis. Daí a importância do uso de luvas de alta resistência. Temos hoje uma variedade expressiva de luvas desenvolvidas para motociclistas. 

CTB só obriga duas dessas proteções

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), apenas duas dessas proteções implicam multa caso não sejam usadas. São elas:

  • Uso de capacetes que protejam cabeça e olhos. Em caso de capacetes sem viseiras, é obrigatório o uso de óculos protetores. A não utilização dessas proteções implica multa de R$ 191,54, é considerada infração gravíssima e soma 7 pontos na carteira de habilitação.
  • Proteção para os pés. A não utilização de proteção para os pés implica multa de R$ 85,13, é considerada infração média e soma 4 pontos na carteira. 

Mas a atenção à segurança deve ir além da preocupação com a multa. Afinal, é a vida do motociclista que está em jogo.

Foto: Cesvi Brasil/Reprodução


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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