Abraciclo divulga balanço do 1º semestre
Segundo organização, as vendas de motocicletas aumentaram 7% no segundo trimestre deste ano.
Por André Jordão
Por André Jordão
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou ontem, em coletiva de imprensa realizada na zona sul de São Paulo, o balanço de vendas do primeiro semestre de 2009.
Com os dados divulgados, pode-se perceber que de janeiro a março deste ano, o setor vendeu para o nosso mercado, 309.630 unidades, contra 422.338 no período de abril a junho, o que representa um aumento de 36% no segundo semestre.
O crescimento nas vendas que foram apresentados pelo presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi, para o segundo semestre tem como base o aquecimento do mercado previsto para o período e medidas negociadas com o governo, como a prorrogação da Cofins e a isenção da taxa Suframa. “O balanço demonstra que os efeitos da redução da confins estão surtindo efeito”, disse.
Outra medida já anunciada, é a linha de crédito de R$100 milhões, realizada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), exclusivo para financiamento de motos através da Caixa Econômica Federal. Com a verba, que deve estar disponível para o público a partir de agosto, o consumidor do setor duas rodas terá maior facilidade na aprovação de crédito, além de 100% do valor do veículo financiado.
“Os motofretistas poderão comprar sem entrada. A procura pela aquisição de motocicletas continuou intensa durante todo esse período. O que afetaram as vendas foram as exigências para a aprovação de crédito e a necessidade de uma parte do valor de entrada, dificuldades oriundas da crise”, afirma Takeuchi.
A recuperação para o segundo semestre pode ser ainda maior, as vendas devem ser 20% superiores às registradas nos primeiros seis meses do ano, porém na projeção anual estima-se que as vendas devam ser 10% menores do que as de 2008.
A produção das fábricas do setor duas rodas, antes da crise, estava altíssima, batendo a casa das 200 mil unidades por mês. Com muito estoque e a queda nas vendas, as fábricas reduziram as montagens, que tiveram no acumulado do semestre, uma queda de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já se considerarmos a produção de maio de 2009, os números mostram um equilíbrio, apenas 3,4% a menos do que em junho.
As exportações foram as mais afetadas. No primeiro semestre, as vendas para o mercado externo apresentaram queda de 50%, em comparação com os seis primeiros meses de 2008, de 57.467 unidades para 28.539.
No comparativo mês a mês, as exportações tiveram ligeiro aumento em junho, 3,7% a mais do que em maio.
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