Top 10: Motocicletas alimentadas por turbo

Fizemos uma lista de dez modelos sobrealimentados que já foram produzidas em série, confira!

Por André Jordão

André Jordão

Desde que a Kawasaki Ninja H2 foi lançada no Salão de Milão no ano passado o mundo das duas rodas estremeceu e o assunto turbo em motocicletas voltou à tona. Os fãs de desempenho ficaram ainda mais excitados quando a marca verde revelou que a sua nova superesportiva terá uma versão especial – a H2R – que será capaz de gerar 300 cavalos de potência com o auxilio de um compressor de ar (supercharger). Para se ter uma ideia a potência gerada pela H2R supera alguns carros esportivos como, por exemplo, o Porsche Boxter (265 cv) ou a Mercedes-Benz SLK 250 Turbo 1.8 (204 cv).

Agora, mais precisamente há um mês, chega a notícia de que a H2 será comercializada no Brasil. Sendo assim, não há hora melhor para olharmos para trás e rever alguns modelos alimentos por turbo ou supercharger lançados ao longo da história. Reunimos dez modelos que, mesmo limitados, entraram em linha de produção e utilizam esses sistemas de otimização do ar. Mas se alguém lembrar de mais alguma moto turbo nós ficaremos muito felizes em ler os comentários. Então vamos lá:

1 – Icon Sheene – Inspirada no britânico bi-campeão do mundo Barry Sheene, a Icon Sheene é uma moto de fabricação artesanal cuja produção foi limitada a apenas 52 exemplares a um preço de aproximadamente R$ 290.000. O motor da Icon Sheene é o mesmo da Suzuki GSX 1400 equipado com um turbo que entrega uma potência máxima de 250 cv. Embora já impressionante, a potência da moto pode ser aumentada ainda mais com o aumento da pressão do turbo.

2 – Vyrus 987 C3 4V Supercharged – Ascanio Rodorigo, que trabalhou com Mássimo Tamburini na Bimota no começo dos anos 80, virou dono de sua própria companhia de motocicletas, a Vyrus. Ele apresentou durante o EICMA de 2009, em Milão, na Itália, a 987 C3 4v, que carrega o motor L-twin da Ducati 1198. Três versões da Vyrus 987 C3 4v foram disponibilizadas sendo uma topo  de linha equipada com um motor supercharger de 211 cavalos de potência.

3 – Yamaha XJ650 Turbo – A XJ650 Turbo não foi um sucesso absoluto. Mas o problema também não foi o seu turbo compressor. Quando foi lançada em 1983 ela impressionou ao registrar 90 cavalos de potência em um motor de 650 cc. Entretanto, opiniões da época criticaram muito o seu chassi, que funcionava mais para uma moto touring do que com uma esportiva.

4 – Peugeot Jetforce Compressor – A Peugeot também se arriscou no mundo das motos turbo com a Jetforce Compressor. Em 2003 a fabricante francesa decidiu adotar um compressor ao seu scooter para ter um aumento de potência – infelizmente não declarada – e assim se destacar no mercado. As regras para pilotos iniciantes na Europa limitavam as marcas a produzir modelos com 125 cc e no máximo 15 cavalos de potência, mas não diziam nada sobre a utilização de um sobrealimentador.

5 – Suzuki XN85 – A Suzuki XN85 não carrega a fama de melhor moto turbo dos anos 1980, mas tem seu estilo. Semicarenado, o modelo contava com um propulsor tetracilíndrico de 85 cv, sendo a primeira moto de rua da fabricante a usar pneu dianteiro com aro de 16 polegadas, algo até então só comum em modelos de competição.

6 – Honda CX500 Turbo – Essa motocicleta foi como um rascunho para a Honda em 1982. Intencionada a criar motos com motor turbo, a gigante japonesa equipou a CX500 com um motor V2 capaz de gerar 82 cv, montado transversalmente. O problema é que essa moto tinha muito “atraso” (lag) na entrega de potência e o excesso de pressão do compressor a fez ser descontinuada rapidamente, em apenas um ano.

7 – Honda CX650 Turbo – Considerada por muitos o maior sucesso da era turbo (anos 1980), a Honda CX650 Turbo aperfeiçoou tudo que os antigos modelos haviam falhado. Para isso, contou com uma redução de pressão do compressor e um aumento da capacidade cúbica (673 cc). Mesmo assim atingiu uma potência máxima de 100 cavalos.

8 – Kawasaki GPz750 Turbo – A Kawasaki foi a última fabricante japonesa a entrar na era do turbo. No entanto a GPZ750 Turbo foi a que mais permaneceu no mercado, de 83 a 85. Seu propulsor de 4 cilindros era o mais potente de todos, rendendo 112 cv, e o turbo era instalado na parte da frente da moto, próximo às saídas para os canos de escape, o que ajudava a reduzir o tempo que a turbina levava para gerar o ar levado aos intercoolers e ao motor.

9 – Kawasaki Z1R-TC – Se na GPz750 o piloto não tinha problemas para conduzir a moto, na sua antecessora (a Z1R-TC) o condutor tinha que ser bom de braço. Vendido por revendas norte-americanas em 1978, essa moto na verdade era dotada de um kit que aumentava sua potência. O problema é que a Z1R passava de 40 cv para incríveis 130 cv com a adoção do compressor, se tornando muito difícil de controlar. Pilotos que nunca haviam ouvido o termo lag – o famoso atraso de potência – descobriram na Z1 o que ele significava.

10 – Kawasaki Ninja H2 – Por último a moto que originou esse texto. Lançada no Salão de Milão 2014, a Ninja H2 está equipada com um motor de quatro cilindros em linha de 998 cm³ superalimentado com compressor, que rende uma potência máxima de 210 cv a 11.000 rpm, já com o auxílio do sistema Ram Air, e torque máximo de 13,6 kgf.m a 10.500 giros. A boa notícia é que a subsidiária brasileira anunciou na sua página oficial há um mês que a comentada Ninja H2 será vendida no Brasil em quantidade limitada. No site há uma área dedicada à superbike, com fotos, vídeos e dados técnicos, mas a data do início das vendas e o preço ainda não foram divulgados.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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