Seguro obrigatório, um direito de todos
Ministério das Cidades lança campanha nacional com informações sobre os benefícios do DPVAT.
Por André Jordão
Por André Jordão
Aldo Tizzani
Desde 15 de novembro, o Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), lançou campanha nacional com informações sobre o acesso aos benefícios do DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). O seguro obrigatório, pago por todos os proprietários de veículos anualmente, é utilizado em parte (50%) para indenizar vítimas de acidentes causados por veículos automotores – de duas ou quatro rodas – mesmo sem a apuração de culpa ou identificação do veículo. A campanha informativa será veiculada em televisão, rádio, internet, revistas, jornais, mídia em ônibus e outdoor durante 30 dias.
Podem solicitar a indenização todas as vítimas de acidentes de trânsito, sejam pedestres, ciclistas, passageiros e os próprios motoristas. O Denatran informa que para solicitar o beneficio não é necessário recorrer a terceiros. Ou seja, a vítima ou seus parentes podem ir diretamente a um dos postos de atendimento levando os documentos necessários. As informações sobre os locais de atendimento e a documentação necessária estão disponíveis no site www.dpvatseguro.com.br .
Detalhe: a vítima tem até três anos a contar da data em que ocorreu o acidente para dar entrada na solicitação de indenização. As indenizações estão divididas em categorias: morte e invalidez permanente, além do ressarcimento de despesas com hospitais, médicos, remédios e fisioterapia. Hoje, o teto para indenizações é de R$ 13.500,00 (morte).
Por que o Seguro DPVAT para o motociclista é tão caro? - R$ 259,04 para ciclomotor, motoneta, motocicleta e triciclo, contra R$ 93,87 para carros de passeio. A resposta é simples: “a moto representa um alto índice de sinistralidade e o seguro é proporcional ao risco”, afirma Márcio Norton, diretor institucional da Seguradora Líder, que administra o DPVAT.
Segundo dados da administradora, do total de indenizações do seguro, as motos representaram 57%. “Enquanto a participação dos veículos de duas rodas dentro da frota nacional é de 25%”, explica o diretor da Seguradora Líder, dizendo que o DPVAT é um seguro democrático, já que todas as vítimas têm direito a indenizações.
De acordo com os dados do Denatran, em 2007 ocorreram 385.163 acidentes com vítimas, foram 23.286 óbitos e 484.900 feridos. Muitas vítimas de acidentes ou seus parentes deixam de utilizar o dinheiro do seguro por desconhecimento ou pagam intermediários para terem acesso à indenização.
Denatran Responde
No mês passado, o Denatran lançou também uma série de livretos educativos para a população. Com o título “Denatran Responde”, a iniciativa do Governo tem por objetivo apresentar respostas, fundamentadas na legislação, para perguntas recorrentes de diferentes públicos. O primeiro volume é dedicado aos motociclistas.
Estão sendo distribuídos 1,5 milhão de exemplares do primeiro volume. Cada fascículo contém perguntas elaboradas por motociclistas e respondidas de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além disso, o leitor encontrará definições de termos e conceitos importantes e a íntegra da Lei 12.009/2009, que regulamenta as profissões de motofrete e mototáxi.
A distribuição dos exemplares será realizada por meio dos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, associações e sindicatos, além de representações dos motociclistas.
Para o diretor do Denatran, Alfredo Peres da Silva, estas ações educativas tem por objetivo ajudar na mudança de comportamento do condutor no trânsito. “Esperamos contribuir para que o tráfego de motocicletas no Brasil seja, muito em breve, manchete nos grandes jornais: não mais como algo desanimador e trágico, mas como um modelo de qualidade de respeito à vida”, conclui o diretor do Denatran.
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