Produção de motos cai 33.4% no 1º semestre de 2016

Abraciclo revisa projeção anual e prevê queda de 13,7% na produção, 14,3% no atacado e 16,7% no varejo

Por Alexandre Ciszewski

Segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) nesta terça-feira (12/07), de janeiro a junho de 2016 saíram das linhas de produção 464.357 motocicletas, 33,4% abaixo do apresentado no mesmo período de 2015, com 697.540. Na comparação mensal, foram fabricadas 81.387 unidades em junho, o que significa queda de 11,8% frente em relação a maio e 30,4% se compararmos com o mês de junho do ano passado.

Nos primeiros seis meses do ano, as vendas no atacado, aquelas realiadas para as concessionárias, alcançaram 452.368, volume 31,4% inferior ao apresentado em 2015 (659.093). No sexto mês do ano foram comercializadas 77.548 motocicletas, queda de 11,1% em comparação com maio e 23,3% frente ao mesmo mês de 2015.

Refletindo a recuperação da Argentina, as exportações seguiram o caminho inverso, somando 31.134 unidades entre janeiro e junho, alta de 70,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com 18.241. Em junho foram comercializadas 7.657 motocicletas, o que corresponde a um crescimento de 36,6% ante a maio e 39,8% em comparação com o sexto mês do ano passado.

De acordo com os licenciamentos* registrados pelo RENAVAM, foram licenciadas 469.581 motos no primeiro semestre de 2016, contra 641.707 unidades apresentadas em 2015, refletindo um recuo de 26,8%. Já no mês de junho, foram emplacadas 73.343 motocicletas, volume 4,3% inferior ao apresentado no mês anterior, com 76.644 unidades. Em relação ao sexto mês de 2015 (101.109), houve queda de 27,5%.

Com um dia útil a mais, a média de vendas diárias sofreu uma retração de 8,7% em relação a maio, passando de 3.650 unidades para 3.334. “Com exceção das vendas externas, o resultado do semestre ficou aquém do esperado pela indústria de duas rodas. Desta forma, revisamos nossas projeções para baixo. Para o fechamento do ano, prevemos uma queda de 13,7% na produção, 14,3% no atacado e 16,7% nos licenciamentos”, afirma Marcos Fermanian, presidente da ABRACICLO.

(*) No varejo, foram desconsiderados os ciclomotores usados, cujo licenciamento junto aos Detrans passou a ser obrigatório a partir da Lei nº 13.154, de 30/07/2015, e da Resolução Contran nº 555/15, de 17/09/2015.

Fotos: Divulgação e André Jordão/MOTO.com.br


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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