13 motos que são destaques nos cinemas
Separamos 13 motos que foram protagonistas nos cinemas
Por Thiago Dantas
Por Thiago Dantas
Quantos filmes tiveram uma motocicleta como chave principal do roteiro? Muito poucos, não é?
Em geral, por ser algo muito mais universal, os automóveis tem uma vocação natural para se transformarem em ícones da cultura pop por intermédio do cinema e de séries de televisão.
Por exemplo, a icônica máquina do tempo interpretada pelo DMC Delorean do Dr Emmett Brown em De Volta Para o Futuro, o carro falante Pontiac Firebird Trans Am modificado para estrelar a série Super Máquina ou então o simpático e inesquecível Herbie, o fusca com vontade própria da série Se Meu Fusca Falasse da Disney.
Já com as duas rodas, as coisas ficam um pouco mais difíceis. Provavelmente por duas razões: nem todo mundo gosta de motocicletas e, provavelmente, o apelo delas para o público em geral acabaria sendo menor. E convenhamos que nenhum estúdio em suas plenas faculdades mentais gostaria de deixar de lucrar apostando em algo digamos assim, de nicho.
Um dos poucos casos, na televisão, em que uma motocicleta era de fato o personagem principal da trama e estrela do show era no seriado Moto Laser, uma espécie de Super Máquina dos motociclistas.
Em alguns filmes as motos desempenham um papel super importante como, por exemplo Diários de Motocicleta e The World’s Fastest Indian contando a história do piloto Burt Munro. Mas estes casos merecem uma lista à parte.
Mas nossas queridas motocicletas estão lá, fazendo seu trabalho sem pensar muito em indicações ao Oscar, fama e fortuna. E, por conta disso, preparamos uma listinha com essas pontinhas, ou mesmo papéis mais relevantes sem ser necessariamente o papel principal, tratando-as como se fossem atores contratados.
Ou seja, na lista não entram motos fictícias concebidas ou modificadas especificamente para um papel como as motos do Batman, por exemplo, ou do Akira, ou mesmo a icônica chopper do filme Easy Rider que é uma Harley Hidra Glide 1959 extremamente modificada para o “papel”.
Vamos considerar elas na telinha (ou telão) como vieram ao mundo, abrindo exceção para uma ou outra modificação menor como se apenas tivessem caracterizado o personagem com um penteado ou leve maquiagem diferente.
Filme: Top Gun
Ano: 1986
Motor: 4 tempos, 4 cilindros em linha, refrigerado a água, DOHC, 4 válvulas por cilindro, 6 marchas
Capacidade: 908cc, compressão de 11.0:1, 108 cavalos, máxima de 250 Km/h
A primeira Ninja que se tem notícia é provavelmente uma das mais famosas das telas. Era o veículo do dia a dia do tenente Pete “Maverick” Mitchell, interpretado por Tom Cruise.
Filme: Rambo First Blood
Ano do filme: 1982
Motor: 4 tempos, 1 cilindro, refrigerado a ar, SOHC, 2 válvulas, 5 marchas
Capacidade: 249cc, compressão de 9.2:1, 22 cavalos, máxima de 128 Km/h
Quando o veterano de guerra John Rambo é tratado com desdém pela polícia local de uma pequena cidade, fica com sangue no zóio e, como parte de sua fuga espetacular, rouba de um pobre transeunte uma Yamaha XT 250 e sai apavorando pela cidade em uma cena clássica. O curioso é que, para efeito dramático provavelmente, a moto ganha o ronco de uma dois tempos apesar de ser uma quatro tempos.
Filme: Missão Impossível 2
Ano do filme: 2000
Motor: 4 tempos, 2 cilindros em V 90 graus, refrigerado a água, DOHC, comando desmodrômico, 6 marchas
Capacidade: 998cc, compressão de 12.3:1, 123 cavalos, máxima de 265 Km/h
O agente secreto Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise, se envolve em uma batalha em duas rodas meio esquisita com o grande vilão do filme em uma cena que culmina com o choque de duas motos no ar…
Dá pra perceber várias gafes. Entre elas, o erro de continuidade dos pneus. Motos no asfalto tem pneus lisos. Já as motos na terra e na areia, as mesmas, tem pneus com cravos. Poderiam ter usado uma computação gráfica ali pra não ficar tão evidente que os pneus (ou mesmo as motos) eram trocados de acordo com o terreno de cada cena.
Além disso, em algum momento, a moto do vilão tem a bolha da sua Triumph Daytona 955i quebrada e dá pra ver nitidamente que alguém serrou meticulosamente pra parecer quebrada ficando com um aspecto super artificial. O característico som dos três cilindros também foi substituído pelo som de um quatro caneco genérico.
Filme: Matrix Reloaded
Ano do filme: 2003
Motor: 4 tempos, 2 cilindros em V 90 graus, refrigerado a água, DOHC, comando desmodrômico, 6 marchas
Capacidade: 998cc, compressão de 12.3:1, 123 cavalos, máxima de 265 Km/h
No segundo filme da franquia de sucesso dos Wachowskis, a atriz Carrie-Anne Moss, na pele da personagem Trinity, carrega um simpático senhor japonês, o “chaveiro” da trama, na garupa de uma legítima esportiva da Ducati, devidamente escolhida em cima de uma carreta cheia de Ducatis (isso é que e merchan!), em uma perseguição muito louca.
Vale lembrar que o flerte da personagem com as motos vem de longe. No primeiro filme ela pilota brevemente uma Triumph Speed Triple que mal aparece no filme.
Na verdade, na ocasião, a Ducati já tinha o modelo sucessor, a Ducati 998S, e acabou fabricando umas 150 unidades na cor verde escuro em uma ação casada justamente para o filme. Versão que ficou conhecida como a 998 edição Matrix. Dizem que virou raridade.
Filme: Mad Max
Ano do filme: 1979
Motor: 4 tempos, 4 cilindros em linha, refrigerado a ar, DOHC, 2 válvulas por cilindro, 5 marchas
Capacidade: 1015cc, compressão de 8.7:1, 83 cavalos, máxima de 200 Km/h
O personagem Goose, colega de Mel Gibson no papel principal, fazia parte de uma polícia tresloucada em um futuro distópico assombrado por gangues e violência extrema.
A Kawasaki KZ 1000 que pilotava foi razoavelmente modificada pra uma versão policial e protagonizou várias cenas tensas no filme. Na verdade as gangues também utilizavam Kawasakis. O filme era praticamente uma concessionária da marca mas não havia um acordo oficial.
Tanto o é que a moto de Goose estampava uma marca “Kwaka”, referindo-se vagamente à fabricante.
Filme: Kill Bill Volume 1
Ano do filme: 2003
Motor: 4 tempos, 2 cilindros paralelos, refrigerado a água, DOHC, 4 válvulas por cilindro, 4 marchas
Capacidade: 248cc, compressão de 12.4:1, 45 cavalos, máxima 152 Km/h.
A protagonista interpretada por Uma Thurman dá suas voltas em uma Kawasaki ZZR 250 dos anos 90, amarela, combinando com a cor de seu icônico macacão. A ZZR 250 é na verdade uma velha conhecida nossa, uma Ninjinha 250 das primeiras gerações. Para o alívio de todos, a música alta e a sonoplastia eliminaram o ronco horroroso e pouco empolgante da pequena 250.
Filme: O Exterminador do Futuro 2
Ano do filme: 1991
Motor: 4 tempos, 2 cilindros V 45, refrigerado a ar, OHV, 2 válvulas por cilindro, 5 marchas.
Capacidade: 1337cc, compressão de 8.5:1, 67 cavalos, velocidade máxima não declarada.
Um sucesso de bilheteria imenso em uma sequência de tirar o fôlego com direito a trilha sonora do Guns and Roses (super em alta na época). E assim Arnold Schwarzenegger catapultou as vendas da grandona da Harley Davidson pilotando sua Fat Boy para salvar o jovem que seria a esperança no futuro da luta contra as máquinas.
O negócio era tão sério que a moto apareceu até no pôster do filme, para o delírio dos harleiros. Obviamente várias motos foram utilizadas na filmagem, mas uma delas foi a leilão em 2018 e arrecadou mais de meio milhão de dólares. Outra foi restaurada em 2014 e está em exibição no museu da marca em Milwaukee.
Filme: O Selvagem
Ano do filme: 1953
Motor: 4 tempos, 2 cilindros paralelos, refrigerado a ar, OHV, 2 válvulas por cilindro, 4 marchas
Capacidade: 649cc, compressão de 7.0:1, 34 cavalos, velocidade de 148 Km/h.
Um clássico dos anos 50 com um jovem Marlon Brando em plena forma na papel de um líder de uma gangue de motociclistas que só apronta altas confusões, tipo sessão da tarde. Na época do filme a Triumph queria o pescoço da produção pois era um pesadelo ter sua imagem associada a motociclistas arruaceiros e foras da lei.
No tanque a motoca ostentava um “W” (de “The Wild One”, o título do filme em inglês) no lugar da marca Triumph.
Como o filme ao longo do tempo tornou-se um clássico, a marca tratou rapidinho de mudar o discurso e passou a afirmar que a película ajudou a consolidar a lenda e história da Triumph… nada como um dia depois do outro.
Filme: Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Ano do filme: 2011
Motor: 4 tempos, 2 cilindros paralelos, refrigerado a ar, SOHC, 2 válvulas por cilindro, 5 marchas
Capacidade: 325cc, compressão de 9.5:1, 36 cavalos, velocidade máxima não declarada.
Na refilmagem americana do original sueco, a personagem interpretada por Rooney Mara vive pra lá e para cá em cima de uma Honda CB 350 muito bacana convertida para cafe racer. No filme a moto tem tudo a ver com a personalidade da personagem. Foram construídas três motos para o filme pela oficina Glory Motor Works, que é especializada e notória por seus trabalhos para cinema e televisão quando o assunto é motocicleta.
Filme: Tron Legacy
Ano do filme: 2010
Motor: 4 tempos, 2 cilindros em V 90, refrigerado a ar, SOHC, comando desmodrômico com 2 válvulas por cilindro, 6 marchas
Capacidade: 992cc, compressão de 10.0:1, 90 cavalos, velocidade máxima não declarada.
Na tentativa de reviver o sucesso dos anos 80, o personagem interpretado por Garrett Hedlund arrasa logo no início do filme pilotando uma das mais lindas motocicletas da Ducati, a descontinuada Ducati Sport Classic 1000.
A única modificação foi a retirada de uma desengonçada lanterna traseira retrô e a substituição por uma lanterna com piscas integrados em uma fita de led, o que tem tudo a ver com a estética e tema do filme. Apesar da breve e única cena, ela serve pra deixar claro que o moleque é um piloto experiente já que, mais a frente na trama, terá de enfrentar o clássico desafio das light cycles (motocicletas digitais) icônicas do filme original.
Filme: Chuva Negra
Ano do filme: 1989
Motor: 4 tempos, 2 cilindros em V 45, refrigerado a ar, OHV, 2 válvulas por cilindro, 4 marchas
Capacidade: 997cc, compressão de 9.0:1, 68 cavalos, velocidade máxima de 185 Km/h
Michael Douglas interpreta um policial enrolado em um baita thriller policial dirigido por Ridley Scott. Na trama, seu veículo do dia a dia, com o qual inclusive aposta corridas ilegais pra levantar uma graninha, é o patinho feio e renegado da Harley, um projeto que era pra ser uma espécie de cafe racer de fábrica antes da febre das cafes: a XLCR.
Filme: Eu Robô
Ano do filme: 2004
Motor: 4 tempos, 4 cilindros em linha, refrigerado a água, DOHC, 4 válvulas por cilindro, 4 marchas
Capacidade: 749cc, compressão de 12.0:1, 126 cavalos, velocidade máxima de 257 Km/h
Will Smith se vê as voltas com robôs ensandecidos em uma adaptação muito, mas muito livre do famoso livro de contos de mesmo nome do consagrado autor Isac Asimov. O personagem encarna o típico saudosista que acha que tudo do passado é mais bacana e que bom mesmo era antigamente. Prova disso é que guarda na garagem de um futuro distante uma MV Agusta F4 que ele usa pra deitar o cabelo quando o bicho tá pegando no filme. A moto acabou ficando tímida justamente por conta de um veículo de 4 rodas roubar a maior parte da atenção e da cena, um Audi conceito super futurista que desfilou por muito mais tempo na tela.
Filme: Venom: Tempo de Carnificina
Ano: 2021
Motor: 1.103 cm3 de 217 cv a 13.000 rpm e um torque de 12,4 kgf.m a 10.000 rpm.
No segundo filme do Venom, o jornalista Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy pilota uma Ducati Panigale V4S.
O filme conta a história do personagem que ganha superpoderes quando infectado por um parasita alienígena. Brock utiliza motocicletas da Ducati para se deslocar no filme.
Agora que você conheceu algumas celebridades das duas rodas, conta pra gente se você lembra de alguma em algum filme e quem sabe a gente não faz uma segunda lista!
Esse artigo foi em parceria com o blog Moto Cultura
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